Muito nos é ensinado a saber as respostas, mas pouco se fala da importância das perguntas.
Cada vez mais a sociedade massificada pela facilidade de acesso e o grande fluxo de informações relega o poder da pergunta.
Tudo é enlatado. Respostas vêm em um verdadeiro “fast food”. O Google se tornou um “oráculo” do século.
Como o biólogo .E. O. Wilson disse: “Estamos nos afogando em informação, mas passando fome de sabedoria”.
Einstein, um dos maiores cérebros da humanidade, afirmou uma vez: “Se eu tivesse uma hora para resolver um problema e minha vida dependesse da solução, eu gastaria os primeiros 55 minutos determinando a pergunta certa a se fazer, e uma vez que eu soubesse a pergunta, eu poderia resolver o problema em menos de 5 minutos”
As perguntas produzem o efeito lâmpada. As vezes elas não te darão o que você quer, mas com certeza o que precisa. Afinal, viver hoje é esse eterno diálogo com as incertezas.
Eu, por exemplo, quando me deparo com dilemas de escolhas, sempre me faço as seguintes perguntas:
#E se eu falhar, como vou me recuperar disso?
Aqui a tática é você fazer um “pré-mortem” – no qual você voluntariamente imagina os piores cenários possíveis antes de tomar uma decisão.
#E se eu não fizer nada?
O não fazer já encerra uma ação. Portanto, se seu intuito é se preservar da possibilidade do fiasco, saiba lidar com o peso de arrependimentos morais e fundamentais.
#E se eu conseguir?
Fazer essa pergunta me auxilia a viajar na chance, pressagiar hipóteses e transportar, ainda que em menor grau, a sensação encomendada pela escolha que estou prestes a fazer.
Ao se pergunta de forma cíclica, contextual e colaborativa você acaba criando um arco-íris de possibilidades.
Tais questionamentos vão lhe auxiliar a fazer escolhas mais assertivas e conectadas com seus valores essenciais, além de ter pensamentos laterais, mais criativos e originais.
As grandes mentes da humanidade se concentram em formular perguntas boas, e não encontrar respostas.
A inteligência não é algo que existe, estática, mas algo que se faz.
#A tática dos 5 porquês
Tenha uma curiosidade infantil. Martele sua mente com um tiroteio de porquês.
Simon Sinek apregoou esse conceito, que nada mais é do que um sequenciamento de “5” porquês quando se deparar com um ponto de reflexão.
Isso te permitirá a alcançar o fundo das coisas e ampliar o leque de variação. Vai se distanciar à medida que afunda no vácuo entre a pergunta e a resposta.
O grande toque mágico na metodologia é assunção humilde da ignorância ao passo que põe o pé nos múltiplos caminhos da curiosidade. Por isso, ela tem aplicação prática em vários campos e é como um axioma de pensamentos mais assertivos.
Lembre-se, é muito melhor estar inconfortavelmente incerto do que confortavelmente errado. Os conhecedores da incerteza que transformam o mundo.
Pertinente a frase de Bertrand Russel, quando diz: “é que os burros têm certeza, ao passo que os inteligentes têm muitas dúvidas”.
Portanto, mantenha-se longe das respostas, mas vivo no meio da pergunta. Dance com o mistério. Grandes respostas pairam na fronteira entre o saber e o desconhecido. Primeiro vem o caos, depois o progresso. Essa mais linda experiência de vida que é aprender.