Meu nome é Raul. Com 25 anos tive duas grandes perdas, uma para a vida e outra para eternidade. Terminei um relacionamento que me rendia sorriso leais e meu pai, sem despedidas, foi colhido pelo destino por conta de um infarto. Logo o coração, aquilo que ele tinha de melhor. Perdi ele naquilo que ele sempre me ganhava.
Apesar das saudades espalhadas pelo infinito, lidei bem com ambas as perdas. Sou melhor e mais forte. Ressignifiquei valores. Quando é tirado tanto de você, a única coisa que lhe resta é ser forte e se recompor. Como disse Enid Blyton, “nunca há como escapar das dificuldades, nunca. Elas têm que ser enfrentadas e combatidas”.
Não é sobre não ter dias tristes, e sim tentar fazer deles melhores, não importa se consigo ou não. Afinal, o amor exige coragem e autocompaixão. Esse foi, ao fim, meu tributo pelas boas lembranças que nunca serão esquecidas.
Agora, por que estou derramando essas palavras? Não, não é para ter sua sua solidariedade nem exercer a minha, eu quis criar CONEXÃO, sendo específico, tangível, concreto e emocional por meio da arte milenar da história, que nos acessam apesar dos seus diferentes roteiros.
É claro que podia conceitualizar e fazer toda essa ginástica intelectual, mas isso não se comunica com a simplicidade de nossas “filosofias” e linguagens traduzidas no bar, ônibus, festas e em nossas relações interpessoais.
E é como sensivelmente disse Maya Angelou: “As pessoas esquecem o que você fez, mas nunca esquecem como as fez sentir.
Somos contadores de histórias ambulantes e isso constrói nossas tribos.
Por isso, saber contar histórias pode lhe ajudar a circular suas paixões , compreendê-las e reciclá-las. Engajar movimentos. Inspirar pessoas e difundir boas ideias.
Sua voz sob a perspectiva de uma boa história pode ser profícua não só em seus relacionamentos, mas também nas suas relações profissionais, sobretudo se você quer emplacar uma carreira de vendas, já que o storytelling é amplamente usado para o marketing.
E como atingir esse superpoder de ser um bom contador de história?
Algumas dicas:
1#USE A REGRA DE TRÊS DEIXADA POR STEVE JOBS
Steve Jobs acreditava que nós seres humanos somos capazes de memorizar rapidamente apenas 03 informações de uma só vez.
2# SEJA SIMPLES
De certa forma essa dica complementa a anterior, a ideia é ser objetivo e realçar o básico.
Colin Powell diz que “ Se algo não puder ser explicado no verso de um envelope, é lixo. Grandes líderes são quase sempre grandes simplificadores.
Portanto, atenha-se à essência da mensagem.
3#QUEBRE EXPECTATIVAS
Se você assistir um StandUp Comedy, vai perceber que a grande sacada do humor é a quebra de expectativa, que muitas vezes flerta entre o inusitado, o excêntrico e a ironia.
Portanto, o diferente gera atração.
4#USE ANALOGIAS
Somos seres visuais e imaginativos. Criamos cenários em nossa cabeça que muito se aproximam à sensação e emoção transmitidas pela realidade da vivência.
5#CONTE HISTÓRIAS PESSOAIS
Foi o que eu fiz acima. A personalização da história cria afinidade e humanidade. Sua vulnerabilidade é o canto que o próximo se senta para tomar café contigo.
Bem, é claro que essas dicas não vão lhe tornar um Martin Luther King Jr., Churchill, Lincoln, que estão no rol dos mais célebres oradores da história. Talvez agraciados pela loteria dos genes com o belo talento da comunicação.
Entretanto, a prática faz o mestre. Por isso, conte a sua história, sem deixar que outros definam quem você é. Use experiências autênticas para inspirar o próximo e veja a magia da conexão acontecer.
Pillow Thougst falou bem sobre a importância das histórias:
Você não pode pular capítulos, não é assim que a vida funciona. Você tem que ler cada linha e conhecer cada personagem. Você não iria gostar de tudo isso. Infernos, alguns capítulos vão fazer você chorar por semanas. Você vai ler coisas que você não quer ler, você terá momentos em que você não quer que as páginas acabem. Mas você tem que continuar. Histórias mantêm o mundo girando. Viva o seu, não perca.
Então, qual é sua história?
